Fazer atividade física é sempre indispensável para a saúde. No entanto, é possível que aconteça alguma lesão durante o exercício. O estiramento muscular é uma das mais comuns, podendo acontecer por diferentes motivos.
O que acontece com o organismo no momento do estiramento é algo como um alongamento excessivo das fibras musculares. Imagine que você tem um elástico em mãos, por exemplo, e tente puxar além de toda sua capacidade de esticar. Pode ser que ele arrebente por completo ou apenas fique mais frágil. Com a musculatura, o processo é parecido.
Entenda melhor a seguir como identificar que você teve a lesão e qual é o procedimento de recuperação mais indicado!
Quais são as causas de um estiramento
Não existe um motivo único que justifique todos os estiramentos. No entanto, existem fatores que pode facilitar sua ocorrência. Treinar sem acompanhamento especializado é um deles, principalmente no caso de iniciantes.
Embora pareça fácil apenas imitar outra pessoa se exercitando, a verdade é que nem sempre é assim. Há quem tente forçar a musculatura tal como o colega. Ou quem vá além dos limites sem necessidade. Esse é um importante fator de risco. A falta de conhecimento ou a ansiedade podem prejudicar muito.
Também pode acontecer de uma lesão anterior deixar o músculo mais suscetível a esse tipo de lesão. Alterações de flexibilidade, desequilíbrio de força, dificuldade na coordenação motora, técnica inadequada, má postura, terreno errado, amplitude reduzida de movimentos, tudo isso pode levar o músculo a romper.
O overtraining é outro motivo muito comum em quem se lesiona. É excelente ter motivação, porém, o corpo precisa de equilíbrio. Nada que é demais faz bem, e isso inclui os exercícios. Você pode acabar sobrecarregando seu corpo sem nem perceber. Isso o torna mais suscetível a machucados que poderiam ser evitados.
Vale dizer ainda que a questão genética também pode afetar. Uma pessoa sem condicionamento e que já tem uma tendência a musculatura mais frágil, terá mais chance de se machucar.
Como saber o grau do seu estiramento muscular
Muita gente não tem certeza se teve um estiramento muscular e a
é ficar atento a dor. Quanto mais intensa, maior o grau. No entanto, é apenas através de um exame médico que se pode estabelecer a gravidade.
Em geral, as regiões com mais chance de lesão são os isquiotibiais, quadríceps, gêmeos e adutores. A gravidade é dividida em:
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grau I: quando ocorre o rompimento de uma quantidade pequena de fibras, gerando uma dor bem localizada. O desconforto aumenta principalmente quando acontece uma contração muscular, sendo que você não vai sentir dores quando estiver parado. Há possibilidade de inchaço, mas costuma levar a uma recuperação rápida e sempre precisar de intervenção de remédios. O maior cuidado é não forçar novamente a mesma área.
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grau II: quando a dor é de moderada, mantendo características parecidas com a do grau I. Pode ter hemorragia média, deixando o local roxo ou avermelhado após o estiramento. As atividades do dia a dia podem ser afetadas pela redução da função da região muscular. Geralmente exige medicação para inflamação e dor, mas varia de caso a caso. Demora um pouco mais para se recuperar, devendo não forçar a musculatura;
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grau III: quando o alongamento leva a uma ruptura quase completa ou completa.Nessa situação, há perda na funcionalidade muscular, pois a região fica bastante comprometida. Com mais inchaço e hemorragia, a dor é mais intensa e pode ficar roxo em pouco tempo. Dependendo da localização, é possível perceber a lesão até a olho nu. A recuperação é mais lenta, causando desconforto até mesmo ao movimentar outras partes do corpo. Dependendo da extensão, é preciso realizar uma cirurgia para reparar o local.
Após a definição do grau da lesão, o médico vai apresentar o protocolo mais adequado para recuperação. Além de medicação para dor, os casos mais graves exigem fisioterapia. Como a musculatura pode ficar mais frágil, é preciso fazer atividades de fortalecimento para evitar novos problemas.
Quando voltar aos treinos após a lesão
Para quem treina por prazer e sofre um estiramento, pode ser difícil ficar parado até se recuperar completamente. Entretanto, é essencial dar esse tempo para que o músculo se repare adequadamente. Caso a lesão tenha sido na parte superior do corpo, é até possível continuar treinando os membros inferiores normalmente, desde que não force a região machucada. Ainda assim, é preciso muita cautela antes de retomar a rotina original de atividade física.
Há situações como em um estiramento muscular no abdômen, com grau III, em que a volta à atividade física pode demorar até mais de um ano. E não apenas por questões físicas. Além da fragilidade da musculatura que pode ficar muito tempo sem estímulo, há também o receio. Muitos atletas que estiram algum músculo, acabam ficando com medo de forçá-lo por um período.
E embora não pareça, é até importante ir com calma. Se a pessoa estiver insegura, pode acabar se lesionando de novo, por não saber como se portar. É imprescindível ter uma liberação médica e psicológica completa antes de retomar a rotina.
Antes de encerrar, vale dizer também que existe diferença entre estiramento e contusão muscular. Nesse segundo, há algum impacto de grande intensidade, podendo levar também a uma fratura. A gravidade também varia, entretanto, costuma exigir um período maior de tratamento. É mais comum em esportes como o futebol ou práticas esportivas em que há possibilidade de choque com outras pessoas ou objetos.
Em resumo, o estiramento muscular é o resultado de um estímulo que leva o músculo além de sua capacidade. Sua gravidade varia bastante, sendo mais comum a do tipo grau I, que tem uma rápida recuperação. Para as mais sérias, de grau III, podem ser recomendadas cirurgias. Em ambos os casos, o músculo pode permanecer mais frágil por algum tempo, porém, com fisioterapia e fortalecimento, a recuperação será completa e sem riscos.
O que você achou dessa explicação sobre como reconhecer e tratar um estiramento? Já sabia de tudo? Deixe seu comentário contando se já teve alguma lesão assim!