Cinco entre as oito atividades analisadas tiveram boas taxas no mês de julho O varejo do Brasil apresentou um crescimento nas vendas pelo quarto mês seguido em julho, índice superior ao esperado, inaugurando o terceiro trimestre em patamar recorde a partir do retorno econômico. No mês de julho, o setor varejista disparou 1,2% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados no dia 10 de setembro, sendo bem superior à expectativa de ganho de 0,7%, conforme pesquisa da Reuters. Ao ano, o varejo tem um acúmulo de crescimento de 6,6% em 12 meses e de 5,9% no ano, de acordo com informações da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, na comparação com o mesmo período do ano anterior, as vendas cresceram 5,7%, sendo a quinta taxa positiva consecutiva. Análise por atividade Cinco entre as oito atividades analisadas tiveram boas taxas no mês de julho, e os artigos de uso pessoal e doméstico tiveram destaque, crescendo 19,1%. “Vemos uma trajetória de recuperação dessa atividade, que acaba por fazer grandes promoções e aumentar a sua receita bruta de revenda, num novo momento de abertura e maior flexibilização do isolamento social, o que gera maior aumento da demanda”, analisa Cristiano Santos, gerente da pesquisa. Além disso, outras atividades também cresceram, como é o caso do setor de tecidos, vestuário e calçados, que avançou 2,8%; e equipamentos para escritório, informática e comunicação, com 0,6%. Atividades ligadas a hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo, por sua vez, registraram um crescimento de 0,2%; artigos de farmácia, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, 0,1%, permanecendo estáveis na análise do IBGE. Em relação às quedas, foram registradas as atividades dos segmentos de livros, jornais e papelaria, com -5,2%; móveis e eletrodomésticos, com -1,4%; e combustíveis e lubrificantes, com -0,3%. “Algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as perdas na pandemia, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que ainda está 26,7% abaixo do patamar pré-pandemia, ou combustíveis e lubrificantes, que está 23,5% abaixo”, afirma Santos. No varejo ampliado, que abarca veículos e materiais de construção, a quantidade de vendas aumentou 1,1% em julho ante junho. O crescimento foi propiciado pelo setor de veículos, motos, partes e peças, que registrou 0,2%. Material de construção teve uma variação negativa de -2,3%. A partir da reabertura econômica após as medidas restritivas por conta da pandemia da Covid-19, o varejo encara um crescimento de juros, o que faz o crédito ficar mais caro. O Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) para 5,2%, com novos aumentos sendo aguardados. Importante ressaltar que, além do mercado varejista convencional, também podem ser observadas procuras por produtos para revender direto da fábrica.
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